Conheça o Projeto

desejosurbanossp@gmail.com

Quando gasto uma calçada com a sola dos meus sapatos: dou razão para a sua existência?
Quando as luzes dos faróis me transportam a infância: a cidade vive em mim?
Quando a velocidade dos meus passos se misturam aos dos pedestres correndo da chuva: sou eu quem faz a cidade pulsar?
Quando sinto o perfume da tinturaria na esquina e sou feliz como na tarde do meu primeiro beijo: a cidade mora dentro de mim?

Quem vive em espaços urbanos, já deve ter notado que ao mesmo tempo em que estamos na cidade, muito dela também está em nós. Esta relação sempre nos desafiou e foi da necessidade aprofunda-la através da arte que surgiu Desejos Urbanos.

A  arte  sempre esteve presente nas nossas vidas não apenas dando sentido, mas permitindo todos os sentidos; uma maneira de apropriação, significação e transformação. A arte  traduz ao homem o que é mais primordial, ela nos relembra o mistério.

Nossas intervenções urbanas são como brincadeiras, pois para nós, a arte ocupa este espaço de experimentação primeira como um mergulho no mais essencial do ser humano. Brincar no sentido primitivo e infantil, que consiste o exercício de desmontar  o mundo sem medo, regras ou preconceitos explorando todos os modos e as possibilidades de ser.

A arte é capaz de mudar a relação entre cidade e habitante?
Arte pode construir cidades e vidas mais equilibradas, instigantes e criativas?
É possível re-poetizar a vida em grandes metropoles?

São estas questões somadas a uma coleção de vivências, reflexões e devaneios  que norteiam  nossas intervenções urbanas.

Tentando não sermos engolidas pela cinza da poluição ou o olhar apático do paulistano, decidimos trabalhar com o simples, o quase banal, pequeno e delicado que, com roupagem da arte, possa provocar a memória do espectador.

Uma intervenção se constrói na interação com a cidade e seus habitantes e podem durar o instante de um olhar no atravessar de uma passarela, o tempo em que um passarinho permaneceu no bolso da calça ou , se estender pela memória dos transeuntes.

Este blog pretende prolongar estes momentos tão fulgazes, dividir e conhecer os desdobramentos das nossas ações.

Esperamos que gostem e que participem!

Eliza Freire e Priscilla Ballarin
desejosurbanossp@gmail.com

  1. Magali bernal

    Vc estã de parabéns!!! Harmonizar o dia a dia..beijos

  2. Pingback: revoada | O blog do Shopping Santa Úrsula!

  3. Como não se inspirar com esses Desejos Urbanos, hein? Parabéns, meninas! 🙂

  4. tatianarf

    Parabéns pela iniciativa! Vida longa ao projeto!

  5. desejosurbanossp

    obrigada! Acompanhe por aqui e pelo face: http://www.facebook.com/desejosurbanos 😉

  6. Willian Fausto Lourenço

    Na segunda-feira (21) me mudei de Mauá para uma temporada (até dezembro) em uma residência na rua Santa Ifigênia. Hoje (23), pela manhã, eu tinha um compromisso que, obrigatoriamente me fez passar pelo viaduto do chá. Me assustei e encantei com tantos pássaros.

    Barulho, poluição, correria, não abafavam o canto silencioso de cada passarinho que me mirava. Não sabia se podia levar um para mim ou se seria egoísta não deixar que outros também sentissem algo. Quando voltei do compromisso, alguns ainda estavam lá.

    Os pássaros de São Paulo se foram. Passarinhos que voam, cantam, brincam, arvoreiam e não têm gaiolas, não saem do meu coração. Sou mais passarinho que imaginava.

    Voando do viaduto do chá até meu quarto, um bem-ti-vi resolveu morar no cantinho esquerdo superior do meu guarda-roupa antigo. Um outro passarinho vermelho e de olhos fechados está na cabeceira de minha cama cantando que “sonhos não envelhecem”.

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